quinta-feira, 15 de março de 2012

Carne vermelha em excesso aumenta risco de doenças cardíacas

Processados como salsichas e bacon apresentam um perigo ainda maior...

 
Pessoas que comem menos carne vermelha podem viver mais tempo do que aquelas que ingerem regularmente hambúrgueres, carnes e alimentos processados como bacon, salsicha e linguiça. É o que mostra um estudo feito pela Universidade de Harvard (EUA), que durou aproximadamente vinte anos. 
Os pesquisadores analisaram mais de 120 mil pessoas, sendo que 37.698 eram homens com 50 anos, em média, e 83.644 eram mulheres na faixa dos 40 anos. Ao longo da pesquisa, esses participantes precisavam informar seus hábitos alimentares e outros pontos determinantes para a saúde, como tabagismo, consumo de bebida alcoólica, prática de exercícios e peso corporal. 
Ao final do período, foram notificadas 23.926 mortes entre as pessoas analisadas, sendo que 5.910 dessas mortes foram por doenças cardiovasculares e 9.464 mortes por câncer. Os autores descobriram que as pessoas que comiam diariamente uma porção de carne vermelha equivalente a uma carta de baralho tinham 18% mais chances de morrer por doenças cardíacas e um risco 10% maior de morrer de câncer. 
As carnes processadas parecem ser ainda mais perigosas - uma única dose diária de carnes como bacon (duas fatias) ou salsicha (uma peça) elevou o risco de morte por doença cardíaca em 21% e de câncer em 16%. De acordo com os pesquisadores, as carnes processadas são definitivamente mais prejudiciais do que a fresca, e mesmo o consumo de carne vermelha normal deve ser moderado e nunca diário. 

Compare os benefícios e malefícios da carne vermelha

Famosa por ser fonte de gorduras e colesterol do que pelos benefícios que traz ao organismo, ela foi tirada do cardápio de muitas pessoas que procuram perder peso e ter uma alimentação mais saudável. Mas, segundo muitos especialistas, cortar esse alimento da dieta sem antes procurar um nutricionista é um erro. "A carne vermelha não tem um substituto único e contém vitaminas que não são encontradas em nenhum outro alimento".
Uma alimentação saudável é aquela que traz um equilíbrio entre vitaminas, minerais, gorduras, proteínas e carboidratos. Fechar a boca para a carne vermelha, que é rica em proteínas e carboidratos, pode até fazer mal ao organismo. Compare os prós e contras: 

Prós

De acordo com o endocrinologista Fillipo Pedrinola, especialista do Minha Vida, a carne vermelha contém inúmeros nutrientes que, se forem consumidos na medida certa, são importantes para o bom funcionamento do organismo. "Uma alimentação balanceada deve conter grande variedade de alimentos, incluindo carne branca, vermelha, peixe, laticínios, frutas, vegetais e grãos".
Dentre todos os nutrientes encontrados na carne, os que ganham papel de destaque são as proteínas. Uma quantidade de 100 gramas de carne magra - com menos gordura - contém por volta de 20 a 30 gramas de proteína, o que equivale a aproximadamente 50% das necessidades diárias de um ser humano adulto.  
Para quem pratica exercícios físicos, ficar sem comer carne vermelha pode atrapalhar o treino, já que ela é fonte de diversos nutrientes que melhoram o desempenho muscular, como a mioglunulina - que promove o transporte de oxigênio para os músculos -, o ácido linoleico - que ajuda a perder peso e promove a perda de gordura - e a creatina, que ajuda a restaurar ATP após o esforço muscular. ATP é um tipo de molécula produzida durante a respiração celular, que dá energia ao corpo. 
Além disso, a carne vermelha também é fonte de mioglobulina, uma proteína que promove o transporte de oxigênio para as células musculares e age como antidepressivo, o que permite exercícios mais intensos e sensação de bem-estar. O alimento ainda é a única fonte de vitamina B12, indispensável para o funcionamento das células nervosas do corpo. 

Contras

Mesmo que a carne vermelha traga benefícios ao organismo, seu consumo deve ser controlado, como praticamente todos os alimentos. "Ela pode liberar algumas substâncias nocivas à saúde se for cozida em excesso ou se for de procedência duvidosa".
Pessoas retêm mais ferro do que deveriam, precisam diminuir ou evitar o consumo de carne vermelha, que é rica nesse mineral. "Quem sofre de câncer de próstata deve tomar o mesmo cuidado, pois a carne estimula a produção de testosterona, o que pode prejudicar o quadro da doença" .
Os malefícios desse alimento estão mais ligados ao seu consumo excessivo, ou ao exagero da escolha de cortes muito "gordos", que contêm grande quantidade de gordura saturada que, por sua vez, está associada ao aumento dos níveis de colesterol, da pressão arterial e do risco de câncer. As carnes vermelhas ainda possuem compostos carcinogênicos que, se consumidos em excesso, aumentam as chances de câncer de intestino e próstata. Veja quais são os cortes com mais gordura e mais magros:  

Cortes magros:

Patinho - 7 gramas de gordura
Maminha - 7 gramas de gordura
Músculo - 7 gramas de gordura
Lagarto - 9 gramas de gordura
Filé mignon - 9 gramas de gordura
Coxão duro - 9 gramas de gordura
Coxão mole - 9 gramas de gordura 

Cortes gordos:

Acém - 11 gramas de gordura
Alcatra - 12 gramas de gordura
Contra-filé de costela - 13 gramas de gordura
Cupim - 13 gramas de gordura
Picanha - 20 gramas de gordura
Fraldinha - 26 gramas de gordura
Costela - 28 gramas de gordura 


Fonte:MinhaVida




segunda-feira, 5 de março de 2012

Alimentação Saudável pode Ajudar na Prevenção do Câncer


1) Como a alimentação pode contribuir ou não para o desenvolvimento de um câncer?

Primeiramente, no aspecto da obesidade. Pessoas acima do peso ideal são mais propensas a desenvolverem câncer, principalmente o câncer de mama. Além disso, alguns estudos demonstram que indivíduos que ingerem mais vegetais (fibras, vitaminas e sais mineirais) apresentam menor probabilidade de desenvolver a doença, principalmente o câncer de intestino. Sabe-se hoje que determinados nutrientes apresentam um papel protetor quanto ao câncer de um modo geral (licopenos, betacarotenos entre outros). Por outro lado, devemos ressaltar o problema dos excessos: embutidos, churrasco, alimentos conservados no sal e alimentos defumados, que devem ser usados com moderação. Isso porque alguns estudos demonstram que em populações onde a ingestão desses alimentos é muito grande, a incidência de câncer também é elevada.

2) Quais são os tipos de câncer que podem ser associados a uma má alimentação?
Principalmente os de mama, estômago e intestinos.

3) É possível dizer que uma alimentação saudável possa prevenir o câncer?

Essa iniciativa também ajuda na prevenção do câncer em pessoas que já tenham casos da doença na família?
Sim. Colorir o prato é a ordem quando se quer investir na saúde. Isso porque, ao selecionar alimentos com diferentes colorações, aumentam as chances de que se reúna um número maior de nutrientes variados. Não existe mistério nenhum nisso e as recomendações são simples:

1 - Coma de tudo um pouco; ou seja: coma com moderação.
2 - Ingerir cerca de 3 frutas diferentes ao longo do dia.
3 - Um vegetal verde-escuro pelo menos uma vez ao dia.
4 - Coma menos carne vermelha e acrescente o peixe ao seu cardápio duas vezes na semana.
5 - Diminua sucos açucarados e industrializados e dê preferência ao suco natural e beba água e adequadamente.
6 - Limitar o consumo de sal.
7 - Limitar o consumo de bebidas alcoólicas.
8 - A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama na mulher e ajuda a prevenir a obesidade no bebê amamentado.


4) Quais são os tipos de alimentos que oferecem maior risco para o desenvolvimento de células cancerosas? Para evitar essa multiplicação é preciso cortar completamente esses produtos da alimentação?


A questão é evitar o aparecimento e não o desenvolvimento (multiplicação) das células cancerosas. Estamos falando de duas coisas diferentes: uma é prevenção, outra é tratamento. No aspecto da prevenção, voltamos a falar em evitar excessos: embutidos, álcool,churrasco, alimentos conservados no sal, etc. Uma vez que a doença é diagnosticada, o tratamento deve ser aquele orientado pelo médico oncologista. Na fase do tratamento, o suporte nutricional vai atuar em conjunto com o tratamento oncológico- vai beneficiar o paciente de diversas maneiras (menos infecções, menos complicações operatórias, menor necessidade de internação hospitalar)

5) Quais são os hábitos alimentares dos brasileiros? O padrão alimentar do brasileiro é o ideal?
No Brasil, o consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país mudou para pior:

1 - muita carne gordurosa
2 - comidas semiprontas
3 - baixa ingestão de fibras
4 - diminuição na ingestão do feijão
5 - maior ingestão de refrigerantes e sucos artificiais

6) É possível reverter os danos/riscos de uma má alimentação depois de muitos anos, apenas mudando os hábitos alimentares?

Sempre é tempo de buscar a saúde e cuidar de si mesmo. É importante mudar não só hábitos alimentares, mas, também, adotar hábitos saudáveis. Praticar exercícios regularmente e abandonar o cigarro são fundamentais para quem quer investir na própria saúde. Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que um quarto dos casos de câncer de mama e de cólon poderia ser evitado se os pacientes tivessem o costume de praticar uma hora e meia de atividades físicas por semana. O quadro é preocupante quando se analisam os dados sobre sedentarismo em todo o mundo: segundo números da entidade, pelo menos um terço da população mundial é sedentária e 3,2 milhões de mortes causadas por câncer de mama ou de cólon anualmente estão ligadas à falta de exercícios físicos.






Fonte:Nutrição em Pauta